Governo alegou que fato é um “assunto técnico insignificante”. Índice necessário para fabricar bombas atômicas é de 90%
O governo do Irã considerou neste sábado que a descoberta pela AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) de vestígios de urânio enriquecido a 27% na central nuclear de Fordo é um "assunto técnico insignificante", exagerado pela imprensa ocidental.
"A referência por alguns meios de comunicação a estes assuntos técnicos insignificantes revela objetivos políticos para afetar o ambiente de cooperação construtiva entre o Irã e a AIEA", afirmou o representante iraniano na agência da ONU, Ali Asghar Soltanieh.
"Como a AIEA menciona em seu relatório, este é um assunto técnico clássico sobre o qual os analistas abriram uma investigação", afirmou Soltanieh.
Urânio
A AIEA revelou na sexta-feira em um relatório a descoberta de partículas de urânio enriquecido a 27% na instalação subterrânea de Fordo, 150 km ao sul de Teerã, quando o nível máximo de enriquecimento declarado pelo Irã é de 20%.
O nível permanece muito inferior aos 90% necessários para fabricar bombas atômicas. Segundo o documento, Teerã explicou que a produção das partículas "pode estar ligada a razões independentes do controle do operador" da usina, mas a AIEA pediu detalhes adicionais.
As grandes potências ocidentais e Israel acusam o Irã de querer produzir a bomba atômica, o que a república Islâmica nega, alegando que seu programa é apenas civil.
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