quarta-feira, 30 de maio de 2012

O que é ideologia - A concepção marxista de ideologia Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/philosophy/1617454-que-%C3%A9-ideologia-concep%C3%A7%C3%A3o-marxista/#ixzz1wPMPt3ox

Fichamento A análise de Marx sobre a ideologia em geral, tem como objetivo um pensamento historicamente determinado: o dos pensadores alemães posteriores a Hegel. Marx não separa a produção das idéias e as condições sociais e históricas nas quais são produzidas (tal separação é o que caracteriza a ideologia); Para entendermos as críticas de Marx precisamos ter presente o tipo de pensamento determinado que pressupõe a filosofia de Hegel. Marx procura distinguir o tipo de ideologia que produzem: Os franceses: a ideologia é sobretudo política e jurídica; Os ingleses: é sobretudo econômica. As formas ou modalidades da ideologia em geral, e da ideologia burguesa em geral, encontram-se determinadas pelas condições sociais particulares em que se encontram os diferentes pensadores burgueses. 

Marx dirige duas críticas aos ideólogos alemães: esses filósofos tiveram a pretensão de demolir o sistema hegeliano imaginando que bastaria criticar apenas um aspecto da filosofia de Hegel, em lugar de abarcá-la como um todo. Com isto, eles apenas substituíram a dialética por uma fraseologia sem sentido; cada um desses ideólogos tomou um aspecto da realidade humana, converteu esse aspecto numa idéia universal e passou a deduzir todo o real desse aspecto idealizado. Com isto, além de fazerem o que todo filósofo faz (deduzir o real das idéias desse real), ainda imaginaram estar criticando Hegel e a realidade alemã. Marx afirma que, para compreendermos a limitação mesquinha da ideologia alemã é preciso sair da Alemanha, fazer algumas considerações gerais sobre o fenômeno da ideologia. 

Essas considerações têm como pano de fundo a questão do conhecimento histórico. A história pode ser examinada sob dois aspectos: história da natureza; história dos homens. Toda ideologia se reduz ou a uma concepção distorcida da história dos homens, ou a uma abstração completa dela. Marx concebe a história como um conhecimento dialético e materialista da realidade social. Entre as várias fontes dessa concepção encontra-se a filosofia hegeliana. Podemos caracterizar a obra hegeliana como: um trabalho filosófico para compreender a origem e o sentido da realidade como Cultura (Cultura são as relações dos homens com a Natureza pelo desejo, pelo trabalho e pela linguagem). Não se trata de dizer que o Espírito produz a cultura, mas sim de que ele é a Cultura. um trabalho que define o real pela Cultura e esta pelo movimento de exteriorização e de interiorização do Espírito. 


Este se manifesta nas obras que produz (exteriorização), e interioriza essas obras porque sabe que elas são ele próprio. O real é história; um trabalho que revoluciona o conceito de história porque: não pensa a história como uma sucessão de fatos no tempo, pois o tempo é criador dos acontecimentos. Estes são o tempo; não pensa a história como uma sucessão de causas e de efeitos, mas como um processo dotado de um motor interno (contradição) que produz os acontecimentos. Contradição e oposição são muito diferentes: na oposição existem dois termos dotados de suas próprias características, e que podemos tomá-los separadamente e entender cada um deles; na contradição só existe a relação e não podemos tomar os termos antagônicos fora dessa relação pois são criados e transformados nela e por ela.


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