Durante o dia
de ontem, fontes da agência de notícias oficial Mena, do Egito, haviam
divulgado a morte clínica do ex-ditador, após ele ter sofrido uma parada
cardíaca e um AVC, e estar respirando por aparelhos.
O ex-ditador
egípcio Hosni Mubarak, condenado à prisão perpétua este mês e que está
hospitalizado há mais de um ano, está inconsciente e respira com a ajuda de
aparelhos, mas não está clinicamente morto, disseram duas fontes de segurança.
“Ele está
completamente inconsciente e usando respiração artificial”, disse uma fonte
militar, depois que a agência de notícias estatal Mena informou que ele estaria
clinicamente morto. Outra fonte de segurança deu o mesmo relato: “Ainda é cedo
para dizer que ele está clinicamente morto”.
Mais cedo, a
agência de notícias oficial Mena havia divulgado a morte clínica do ex-ditador.
“Hosni Mubarak está clinicamente morto. Fontes médicas informaram que seu
coração parou de bater e não respondeu à desfibrilação”, informou a agência. De
acordo com Alaa Mahmoud, porta-voz do ministério egípcio do Interior, ele
sofreu um AVC, sua condição deteriorou rapidamente e ele está em estado
“crítico” e respirando artificialmente.
Mubarak foi uma das
lideranças árabes que foram derrubadas do poder pela chamada Primavera Árabe, série
de manifestações populares que pressionaram por mudanças em regimes
autoritários marcados pela corrupção, pobreza e por décadas de duração. Ele
estava internado em estado grave no hospital da prisão de Tora, no sul do
Cairo, desde o último dia 2, no mesmo dia em que foi condenado à prisão
perpétua junto ao ex-ministro do Interior egípcio Habib al Adli, ambos acusados
pela morte de manifestantes durante a revolução que forçou sua renúncia no dia
11 de fevereiro de 2011, após 18 dias de protestos populares.
Após a sentença, a
saúde do ex-ditador se deteriorou, especialmente após a visita da mulher, no
dia 6. Desde então, foi transferido para a ala hospitalar da penitenciária,
onde ficou inconsciente por dois dias. Ontem, sofreu uma parada cardíaca e foi
reanimado após um acidente vascular cerebral. Em abril desse ano, Mubarak foi
hospitalizado em um centro médico de Sharm el-Sheikh, após sofrer um ataque
cardíaco, e justo no mesmo dia em que tinha sido interrogado e depois detido.
ENTENDA A NOTÍCIA
O ex-chefe de Estado foi condenado à prisão perpétua pela repressão da revolta contra seu regime no início de 2011, que deixou cerca de 850 mortos. A Justiça não o acusou de ter uma responsabilidade direta, e sim de não ter tomado as iniciativas necessárias para impedir essas mortes.
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